RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA
Escritório Diocesano
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Documentos da Igreja em relação ao Ministério Leigo e as diversas vocações
Doc.62 da CNBB, “Missão e Ministérios dos cristãos leigos e leigas”
113 -
Partimos da concepção de que toda Igreja é missionária e ministerial e que a base sobre a
qual se fundamentam todos os ministérios é a comunidade evangelizadora. Sob o impulso do
Espírito Santo, protagonista da missão, a comunidade, enriquecida pela variedade de carismas que
o mesmo Espírito confere a todos os Cristãos, forma seus ministros e lhe confia a missão.”
Doc.71 da CNBB, “Diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil”
148 -
O pároco ou presbitero não detem o monopolio da ministerialidade da Igreja. Não tem, podese
dizer, a “sintese dos ministérios”, mas o “ministério da sintese”. Deve, portanto, acolher e
valorizar os carismas, os dons de seus irmãos, os fiéis. É importante que o paroco ou presbitero
cuide para que a paroquia seja a experssão, de uma verdadeira comunhão de fé e de amor, uma
“sinfonia” em que o som de cada instrumento não é abafado mas ressaltado pela participação na
obra comum.
A variedade das vocações (Novo Millenio Ineunte-Carta Apostólica)
46.
Esta perspectiva de comunhão está intimamente ligada à capacidade que tem a comunidade
cristã de dar espaço a todos os dons do Espírito. A unidade da Igreja não é uniformidade, mas
integração orgânica das legítimas diversidades; é a realidade de muitos membros unidos num só
corpo, o único Corpo de Cristo (cf.
1 Cor 12,12). Por isso, é necessário que a Igreja do terceiro
milênio estimule todos os batizados e crismados a tomarem consciência da sua própria e ativa
responsabilidade na vida eclesial.
Ao lado do ministério ordenado, podem florescer outros
ministérios — instituídos ou simplesmente reconhecidos — em proveito de toda a
comunidade ajudando-a nas suas diversas necessidades: desde a catequese à animação
litúrgica, desde a educação dos jovens às várias expressões da caridade.
Um generoso empenho certamente há de ser posto — sobretudo através de uma oração
insistente ao Senhor da messe (cf.
Mt 9,38) — na promoção das vocações ao sacerdócio e de
especial consagração
. Trata-se dum problema de grande importância para a vida da Igreja em todo
o mundo. Mas, em alguns países de antiga evangelização, tal problema tornou-se dramático devido
à alteração do contexto social e à aridez religiosa causada pelo consumismo e secularismo. É
necessário e urgente estruturar uma vasta e capilar
pastoral das vocações, que envolva as
paróquias, os centros educativos, as famílias, suscitando uma reflexão mais atenta sobre os valores
essenciais da vida, cuja síntese decisiva está na resposta que cada um é convidado a dar ao
chamamento de Deus, especialmente quando esta pede a total doação de si mesmo e das próprias
forças à causa do Reino.
Neste contexto, aparece em todo o seu valor cada uma das restantes vocações, radicadas
na riqueza da vida nova recebida no sacramento do Batismo. Em particular, há que descobrir cada
vez melhor
a vocação própria dos fiéis leigos, que são chamados, enquanto tais, a « procurar o
Reino de Deus, tratando das realidades temporais e ordenando-as segundo Deus »,
32 e têm
também « um papel próprio a desempenhar na missão do inteiro povo de Deus, na Igreja e no
mundo [...], com a sua ação para evangelizar e santificar os homens ».33
Nesta mesma linha, reveste uma grande importância para a comunhão o dever de
promover
as várias realidades agregativas
, que, tanto nas suas formas mais tradicionais como nas mais
recentes dos movimentos eclesiais, continuam a dar à Igreja uma grande vitalidade que é dom de
Deus e constitui uma autêntica « primavera do Espírito ». É, sem dúvida, necessário que
associações e movimentos, tanto a nível da Igreja universal como das Igrejas particulares, atuem
em plena sintonia eclesial e obediência às directrizes autorizadas dos Pastores. Mas, a todos é
dirigida, de forma exigente e peremptória, a advertência do Apóstolo: « Não extingais o Espírito, não
desprezeis as profecias. Examinai tudo e retende o que for bom » (
1 Tes 5,19-21). Novo millenio
ineunte – Carta Apostólica – Papa João Paulo II
Ministério de Comunicação vn 12/2011.